tag:blogger.com,1999:blog-54435698268349171552024-02-20T20:17:05.874-08:00HISTÓRIA, POESIA E OUTRAS COISAS MAIS !!Este blog tem por finalidade o contexto histórico como um todo, sem dar destaque a uma época específica, pretende também envolver-se com a poesia, a música, enfim, toda e qualquer manifestação cultural verdadeira, sem máscaras e distorções.VALDO COUTOhttp://www.blogger.com/profile/17870169234935147423noreply@blogger.comBlogger16125tag:blogger.com,1999:blog-5443569826834917155.post-10996516274655873622010-09-28T18:49:00.000-07:002010-09-28T18:50:06.354-07:00CARTA PRA MARIA<br /><br />Amiga, por onde andas<br />Que nem notícias mandas<br />Não falas, nem escreves<br />Gritar, também não te atreves<br />Tampouco tua pátria reclamas.<br /><br />Onde estará teu sorriso?<br />Sua estelar alegria,<br />Que adornava de magia<br />Nosso viver impreciso?<br /><br />Quais outras almas alegras?<br />A quais amores te doas?<br />A que esperanças te entregas?<br />A que mal-tratos perdoas?<br /><br />Por quantos mares navegas? <br />Que acalantos te embalam? <br />Por quais estradas trafegas?<br />Quantas tristezas te abalam?<br /><br />Quem sabe receba flores<br />Quem sabe sempre sorrias<br />Espero que sejas amada<br />Bem mais que as outras Marias.<br /><br />VFCVALDO COUTOhttp://www.blogger.com/profile/17870169234935147423noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5443569826834917155.post-20774649833009768032010-09-28T18:47:00.001-07:002010-09-28T18:47:39.711-07:00CÉU DA MINHA TERRA<br /><br />Ai, quando eu vejo a mata,o rio, um pé de serra<br />Na tela triste e fria da televisão<br />Me dá um aperto, um frio dentro do meu peito<br />Que não tem jeito, atinge fundo o coração<br /><br />O céu de lá carrega a vida de alegria<br />Um céu que em outras terras não encontrarei<br />De tanta luz, de tanta cor, tanta magia<br />Bendita terra, um dia desses voltarei<br /><br />Mãe terra, ó terra mãe querida<br />Sem ti, de dor será meu fim<br />Se um dia, ó mãe fores ferida<br />Sagrada mãe, chame por mim<br /><br />Se alguém me diz que estás sofrendo<br />Sofro também, mas não reclamo<br />Não faz sentido estar sorrindo<br />Enquanto chora quem eu amo<br /><br />À noite, olhando para o céu<br />Cinzento, aqui, nesta cidade<br />Mais breve fica meu retorno<br />Mais forte bate a saudade<br /><br />Mãe terra, ó terra mãe querida<br />Sem ti de dor será meu fim<br />Se um dia, ó mãe fores ferida<br />Sagrada mãe, chame por mim<br /><br />VFCVALDO COUTOhttp://www.blogger.com/profile/17870169234935147423noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5443569826834917155.post-59400119113203990132010-08-05T16:30:00.000-07:002010-08-05T16:31:30.787-07:00TAPETES DA NOBREZADe um lado há sorte, há flor<br />Do outro, tristeza e rancor<br />De um lado há camisa de seda<br />Há um largo sorriso, há comida na mesa<br />Do outro não há sequer farrapos nem migalhas,<br />Só lágrimas, fome e pobreza.<br /><br />De um lado uma criança brinca,<br />Do outro lado uma criança chora,<br />A que brinca, sonha com os anjos,<br />Onde estarão os anjos da que chora?<br /><br />De um lado há uma mansão com jardim<br />Do outro lado há um barraco sem teto<br />Na mansão sobra caviar e uísque<br />No barraco falta pão e afeto<br /><br />Na mansão mora um nobre, um importante cidadão<br />No barraco sobrevivem aos golpes da realeza<br />Acatam as ordens dos doutores, dos senhores da nação<br />São insetos desprezíveis,<br />São tapetes da nobreza.<br /><br />VFCVALDO COUTOhttp://www.blogger.com/profile/17870169234935147423noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5443569826834917155.post-10833686326768932142010-08-05T16:28:00.000-07:002010-08-05T16:29:24.709-07:00PLEBE IGNARASou o fruto que gera a seiva<br />Que refresca e lubrifica<br />A garganta da nobreza.<br />Não tenho valor, pois,<br />Socialmente nada represento.<br />Meus pés descalços não são dignos de estarem<br />Junto aos pés bem calçados <br />Dos senhores de ternos e gravatas.<br />Os prédios que foram construídos<br />Às custas de muito suor<br />Emergido dos meus poros,<br />Hoje são limites intransponíveis<br />Pelos meus pés calejados e imundos.<br />Se, por acaso alguém pergunta quem sou eu, <br />Respondo:<br /><br />Sou o sujeito que envergonha<br />A sociedade bem formada<br />Sou simples coisa engraçada<br />Sou criação enfadonha.<br /><br />Sou reles, daninho, imbecil<br />Não bate meu coração,<br />Não pensa minha mente febril,<br />Pois sou objeto, sou traste,<br />Sou coisa que não se compara,<br />Serei eterno contraste,<br />Sou a PLEBE IGNARA.<br /><br />VFCVALDO COUTOhttp://www.blogger.com/profile/17870169234935147423noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5443569826834917155.post-31614090920620871432010-08-05T16:27:00.000-07:002010-08-05T16:28:16.901-07:00O POETAPoeta, poeta, poeta !!!<br />Me diga baixinho; “quem sois vós?”<br />Anjo? Demônio? Bufão ou profeta?<br />Ser carente de paz como todos nós<br />Ou sentinela da vida, sempre a tudo alerta?<br /><br />VFCVALDO COUTOhttp://www.blogger.com/profile/17870169234935147423noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5443569826834917155.post-24433765623825095682010-08-05T16:26:00.000-07:002010-08-05T16:27:16.754-07:00CARONA AO VENTOQuem traz no sangue e na alma<br />As cicatrizes do amor<br />As mesmas que causam tristezas<br />As mesmas que causam dor<br />Não se entrega às mazelas <br />Que a vida a nós determina<br />Vê, nos olhos da menina<br />A fonte de inspiração<br />Atravessa o furacão,<br />Rompe imune a tempestade,<br />Caminha mesmo nas trevas, <br />Tropeça, cai, se levanta,<br />Chora, mas também canta,<br />Encarna o bem e a maldade<br />Cultiva a nobre planta da mais pura amizade.<br /><br />Quem traz na alma e no sangue<br />Aquilo que não se cala,<br />A palavra que se fala,<br />Mesmo quando a boca sangra,<br />Rasga feroz a garganta,<br />Mesmo quando o corpo dói,<br />A raiva que nos corrói,<br />Quando a decência falha,<br />Quando a maldade se espalha,<br />Se retrai, sofre por dentro,<br />Espera o justo momento,<br />E o grito contido ecoa,<br />Pede carona ao vento,<br />Voa veloz feito seta,<br />E então sorrindo e cantando,<br />Lá vai de novo o poeta.<br /><br />VFCVALDO COUTOhttp://www.blogger.com/profile/17870169234935147423noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5443569826834917155.post-76675919055257047272010-08-05T16:15:00.000-07:002010-08-05T16:24:45.680-07:00QUALQUER HORA DESSASQualquer hora dessas<br />Coloco os pés na estrada<br />E vou de mala e cuia<br />Pra onde mora a paz<br /><br />Pra onde brilha o sol<br />Onde a beleza esteja<br />E onde eu possa crer<br />Que a vida é muito mais <br /><br />Qualquer hora dessas<br />Quem sabe eu me acalme?<br />Prometo ser bem leve<br />Bem mais que o ultra-leve<br /><br />E que o amor me leve<br />Até que eu me eleve<br />Ao que você espera<br />Pra te acompanhar<br /><br />Não quero mais perder <br />o tempo da nossa história<br />Quero cantar a vida <br />mas sempre em tom maior<br /><br />Você é o meu tema, <br />enredo e minha glória<br />De tudo que há de bom, <br />você é o melhor<br /><br />Qualquer hora dessas<br />Eu saio em disparada<br />Pego o primeiro trem<br />Navio ou avião<br /><br />Destino ignorado, <br />Talvez Terra do Nunca<br />Nunca mais tristeza<br />Angústia ou solidão<br /><br />Qualquer hora dessas<br />Me tranco no meu cárcere<br />Sozinho com você<br />Só nós e mais ninguém<br /><br />Pra mim me basta a luz<br />Que nasce em seu sorriso<br />Que brilha nos seus olhos, <br />Olhinhos do meu bem.<br /><br />VFC-06/07/2010VALDO COUTOhttp://www.blogger.com/profile/17870169234935147423noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5443569826834917155.post-87915336272207442802010-08-05T16:12:00.000-07:002010-08-05T16:13:51.223-07:00SORRISOSorriso que aflora falso<br />Entristece e trai a alma<br />Flui no peito qual veneno<br />Entorpece e não acalma<br /><br />Sorriso que faz bonança<br />Em meio à tempestade<br />Tanto salva quanto mata<br />Confunde o mal com bondade<br />Castiga o corpo e a alma<br />É treva, não traz claridade<br /><br />Sorriso que sai por pena <br />distante do coração<br />Tira a calma e o sono<br />Faz vagar na escuridão<br /><br />Confunde paixão com loucura<br />Saudade com adoração<br />Faz chorar feito criança<br />Quando perde a ilusão<br /><br />Sorriso, sincero sorriso !<br />Transporta carinho e amor<br />Faz da vida um paraíso<br />Cura a ferida e a dor<br />Brilha forte feito um sol<br />É alvorada, arrebol<br />Sublime e sutil como a flor.<br /><br />VFC-02/05/2010VALDO COUTOhttp://www.blogger.com/profile/17870169234935147423noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5443569826834917155.post-51512986735411544372010-08-05T16:08:00.000-07:002010-08-05T16:09:09.299-07:00POEMA DOS ESQUECIDOSCanto a voz dos desterrados <br />Canto a voz dos apartados<br />A voz dos deuses perdidos<br />A voz dos filhos da terra<br />Canto ruas e vielas<br />Canto os outros<br />Contra as feras<br />Contra daninhos e vilões<br /><br />Canto os acordes perdidos<br />Os menestréis esquecidos<br />Canto quem quer que incomode<br />Quem quer que, com arte acorde<br />Do sono insano e profundo<br />Aqueles que trazem seu mundo<br />Vazio, deserto e triste<br />Pro nosso encantado viver<br /><br />Canto Beto, Cássia e Canthídio<br />Chiquinho, HB, Brevilato<br />Marcelinho, Roberto e Renato<br />Gentil, Bodart, Vicente e Ivã<br /><br />Anna, Barbieri, Barbosa, Araken<br />Paulo Ramos, Lena e Elaine<br />Beto Fontes, Paulinho, João de Deus<br />Nélio, Menezes e Lan<br /> <br />E que me desculpem os demais<br />Agora a tristeza me invade<br />O silêncio profundo me fere<br />A angústia minha mente emperrou<br />O disfarce da paz me apavora<br />Saudade galopa em meu peito<br />E o dia já clareou.<br /><br />VFC-09/04/2006VALDO COUTOhttp://www.blogger.com/profile/17870169234935147423noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5443569826834917155.post-45640974274640993082010-08-05T15:30:00.000-07:002010-08-05T16:06:37.379-07:00DO AMOR E DA DORUm risco no céu,<br />Uma estrela traçante<br />Um sinal, um levante<br />Do amor contra o mal<br /><br />Eu vi num jornal<br />A foto estampada<br />A tarja nos olhos<br />De um anjo caído<br /><br />Eu vi na janela <br />De um apartamento<br />O início do fim<br />De quem nunca sentiu<br /><br />De quem nunca sonhou<br />E nem mesmo sabia<br />Que as mãos que um dia<br />Em breve acalanto<br /><br />Embalaram seu sono<br />aplacaram sua dor,<br />Lançariam seu corpo <br />Pro derradeiro abismo<br /><br />Pro derradeiro vôo, sem pai e sem mãe<br />sem herói ou boneca, sem bola ou peteca<br />encerrando planos de infância e adolescência<br />apagando sorrisos, sonhos e encantamentos<br /><br />Calou-se o seu pranto<br />Seu sonho menino<br />diante do horror, <br />De mentes febris.<br /><br />No alto da serra<br />Um mundo distante<br />Onde se entrelaçam<br />Tristeza e dor<br /><br />Onde um tipo de amor que castiga e consola<br />conforta e mata, protege e maltrata<br />onde o céu e o inferno se encontram, se fundem<br />onde a vida flutua sem som e sem cor<br /><br />no asfalto demente onde gira o progresso<br />onde os carros circulam entre festa e agonia<br />os homens se matam por vício e ganância<br />num processo macabro, sem paixão, sem magia<br /><br />mas, quem sabe um dia, ou numa noite dessas<br />as rodas da vida num gesto arbitrário <br />num sinal de protesto, circulem ao contrário<br />no sentido anti-horário, de encontro à paz<br /><br />Um risco no céu,<br />Uma estrela traçante<br />Um sinal, um levante<br />Do amor contra o mal.<br /><br />VFC-22/07/2010VALDO COUTOhttp://www.blogger.com/profile/17870169234935147423noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5443569826834917155.post-11083159376194846432008-07-19T15:50:00.000-07:002011-11-13T13:26:20.970-08:00<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiI1yh2nU-AH1BYlq2FVRUhqX8eCzlLfAKNonzeZLSiL-YHFC17KzLllMJw8TrLVq90Bi9dP8S9Otj6jQZtx0li6cgLfxI-aUf47fj7c4CMhHK-DFPuliDH3Slcc_-knhZbh1d7OkkHhn4/s1600-h/Z12f3bc1.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5226350463549136962" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiI1yh2nU-AH1BYlq2FVRUhqX8eCzlLfAKNonzeZLSiL-YHFC17KzLllMJw8TrLVq90Bi9dP8S9Otj6jQZtx0li6cgLfxI-aUf47fj7c4CMhHK-DFPuliDH3Slcc_-knhZbh1d7OkkHhn4/s320/Z12f3bc1.jpg" style="cursor: hand; float: left; margin: 0px 10px 10px 0px;" /></a> <em><span style="color: red;">EM GUARDA CONTRA O PERIGO VERMELHO OU O GOLPE QUE CHAMARAM DE REVOLUÇÃO.<br />
</span></em><br />
<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">“A história assim concebida não é uma sucessão de fatos mudos, mas uma seqüência de passados oprimidos, que têm consigo um ''ndice misterioso'', que os impele para a redenção”.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">ROUANET,SérgioPaulo-In, MORAES, Denis de-“A esquerda e o golpe de 64”-Rio de Janeiro: Espaço e Tempo, 1989.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Partindo das “Matrizes do Anticomunismo” legitimadas pela Igreja (catolicismo), o Nacionalismo (bandeira dos conservadores) e pelo Liberalismo, o texto de Rodrigo Patto ("EM GUARDA CONTRA O PERIGO VERMELHO") subsidia o entendimento da citação do texto de Rouanet. O que interessava aos “defensores" da família, da hierarquia, era formar uma imagem dos comunistas que os colocassem no imaginário do povo, como demônios, inimigos implacáveis da ordem e do bem social.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Fato curioso no movimento anticomunista, era que, o grupo que defendia tal movimento não se baseava em uma homogeneidade, pelo contrário, era formado, também, por membros vindos de setores que nem em todos os momentos, concordavam com o trato dado aos comunistas. Muitos dos membros do movimento possuíam opiniões próprias e as defendiam, não simplesmente concordavam com o grupo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">O movimento anticomunista, pelo acima exposto, tinha dois olhares com relação aos comunistas: O olhar fascista, de direita, e o outro do socialismo democrático, daqueles que se posicionavam mais à esquerda.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Dentro do olhar fascista, “não há lugar para conflitos. Qualquer tipo de conflito é um problema, uma degeneração que deve ser imediatamente extirpada (com a morte)”.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Segundo Rodrigo Patto, alguns momentos foram fundamentais para a investida anticomunista:</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Em 1935 acontece a Intentona comunista;</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Em 1937, a ditadura Varguista com a implantação do Estado Novo;</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">De 1946 a 1950, o PCB (Partido Comunista Brasileiro) sofre uma dura perseguição no Brasil;</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">E, em 1964 o Golpe Militar.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">De todos esses momentos, Rodrigo Patto dá à Intentona Comunista um valor especial no combate ao comunismo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">O anticomunismo, apesar de não ter sido o fator principal, foi um “combustível” muito importante na queda de Jango (João Goulart), que, ao contrário do que se imaginava, não era comunista, ou, em nenhum momento se afirmou como tal. Era sim, preocupado com questões nacionalista e populares. Não havia em Jango a intenção de promover no Brasil uma revolução socialista. Vale lembra que no Brasil, ao contrário do ocorrido na Europa, a idéia de anticomunismo estava ligada aos setores de direita da sociedade.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Fato curioso é que as manobras do Catolicismo, do Nacionalismo e, do Liberalismo, construíram a base dos ataques anticomunistas, e isso nem sempre acontecia com uma unanimidade de idéias. As divergências aconteciam e ainda assim a perseguição se fazia de forma implacável. Os comunistas eram, segundo o “tríplice julgamento”, seres abomináveis que se equiparavam mais às feições do Diabo do que à bondosa imagem de Deus.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Vasta foi a imaginação do anticomunismo na empresa contra seus inimigos, chegando a extremos para incutir no imaginário popular os “perigos que os rodeavam":</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Eram Demônios, as mãos invisíveis do diabo, cria do tinhoso, classificavam Moscou como o “império das trevas”, a “cidade de satã”.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">O comunismo era uma “seita internacional” que tinha como líder Karl Marx.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Os ataques objetivavam formar no imaginário popular, imagens que ligavam os comunistas a animais terríveis como o Polvo (o polvo vermelho), as hienas (hienas vermelhas), a serpente, a hidra moscovita, o lobo, o abutre, enfim, toda a fauna temerosa estava presente na classificação dos comunistas como a degradação social.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Ainda, como se não bastante fosse a equiparação acima citada, os comunista eram também as mais temíveis doenças a darem passos largos e ameaçadores em direção do povo; eram a representação em duas pernas da peste, dos vírus, dos bacilos, dos germes, dos quistos, e de todo um dicionário médico classificador de doenças.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Eram ainda uma grande ameaça externa, uma conspiração internacional maquinada em terras habitadas por seres estranhos, alienígenas assim por dizer.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Representavam também uma terrível ameaça à moral. Os comunistas, segundo o movimento do anticomunismo, eram a própria depravação, pregavam o amor sem limites, a propagação da liberação sexual em sua plenitude. Promoviam, através de jornais, revistas, televisão e outros meios de comunicação o apelo sexual, idêntico ao que hoje invade nossas casas sem o nosso consentimento, e, engraçado, o “perigo vermelho” hoje não ronda as salas da sociedade e nem os altares das igrejas. Muito engraçado!!!!</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">A iconografia também foi largamente utilizada para o fortalecimento do combate ao “perigo vermelho”; O comunismo diabólico em uma charge, misturava em um grande caldeirão junto com ele próprio a anarquia e a liberal democracia; Em outra charge, a campanha de alfabetização promovida pelos comunistas doutrinava o povo a acreditar em propostas subversivas como, vejam só, reformas de base!; A imagem do comunista em outro desenho, em posição ameaçadora, aponta sua arma para o povo que foge apavorado para a direção contrária onde se localizava uma igreja, e em grandes letras a inscrição “O COMUNISMO DESTRÓI A TUA FÉ”, e, o castigo aplicado a um comunista profanador da imagem de Maria também representado em charge de grande circulação da época.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Enfim, várias foram as campanhas empreendidas em prol do combate à ameaça do comunismo utilizando a iconografia, “O comunismo despreza a tua religião, a criação do catecismo anticomunista pelo arcebispo de diamantina D. Geraldo de Proença Sigaud, o comunista como representação do ódio, da traição e do derramamento de sangue, o comunismo como destruidor da bandeira da liberdade, idéia esta propagada pelo “Órgão de Repressão à Delinqüência e Combate ao Comunismo LEI E POLÍCIA”, o comunismo como escravizador do mundo, a comparação (já citada anteriormente) do comunista com um inseto que precisa ser exterminado, o grande amigo urso.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Além das formas de combate ao comunismo já citadas, muitas outras foram aplicadas como as Organizações Anticomunistas. Entres várias dessas organizações, podemos citar algumas como: Defesa Social Brasileira e Frente Universitária de Combate ao Comunismo, a Liga de Defesa Nacional (LDN), foi criada em 1952 a CBA, Cruzada Brasileira Anticomunista, que teve como tempos áureos a década de 1950, a Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP). A TFP não era engajada unicamente no anticomunismo, mas fazia parte de seu programa, tanto que nos anos de 1960 e 1970 empreendeu forte luta na campanha anticomunista.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Como análise final do texto de Rodrigo Patto, julgo ser de suma importância estar com todas as atenções voltadas para o embate travado por longo tempo entre o comunismo no Brasil e seus opositores, a importância que tal embate representou em momentos fundamentais para o direcionamento político do Brasil e para a semeadura das sementes que germinariam em forma de novas posições sociais, políticas e ideológicas de outras épocas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Não podemos, também, deixar passar despercebidas as diversas investidas de forma manipuladora dos anticomunistas contra o imaginário popular com o objetivo de transformar cada pessoa em um sentinela atento contra um perigo criado a partir dos interesses de grupos sociais temerosos da perda de sua soberania e de seu controle exercido de acordo com suas conveniências.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Arrisco-me a acrescentar que, o temor existente nos anticomunistas, incentivou-os a, além de montar barricadas contra “seu” inimigo vermelho, também a transforma-lo em ameaça ao povo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Permitir que as idéias comunistas se infiltrassem nas camadas populares, seria permitir que os bastidores da derrocada do moral católico, do nacionalismo dos conservadores e do liberalismo se estabelecesse com a passagem do poder para outras mãos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Como linhas finais, peço licença a Rodrigo Patto para mais uma vez citar um trecho do livro de Denis de Moraes. Desta vez trata-se de um fragmento do manifesto do CPC (Centro Popular de Cultura) da UNE (União Nacional dos Estudantes) de 1962:</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">“ Para nós, tudo começa pela essência do povo e entendemos que esta essência só pode ser vivenciada pelo artista quando ele se defronta a fundo com o fato nu da posse do poder pela classe dirigente e a conseqüente privação do poder em que se encontra o povo. Se não se parte daí, não se é nem revolucionário, nem popular, porque revolucionar a sociedade é passar o poder ao povo”.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">É por isso, primordialmente por isso, que 1964 viveu um GOLPE e não uma REVOLUÇÃO.</span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><em>Valdelir Ferreira Couto</em><br />
<br />
<span style="color: #ff6666;"></span>VALDO COUTOhttp://www.blogger.com/profile/17870169234935147423noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5443569826834917155.post-87535628052104426322008-03-29T21:10:00.000-07:002011-11-13T13:33:20.463-08:00EDSON LUIS, PRESENTE !!!<div style="text-align: justify;"><em><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Há exatos 40 anos, no dia 28 de Março de 1968, a ditadura militar dava uma triste e tenebrosa aula de intolerância e terror que marcaria de sangue um dos mais terríveis momentos da nossa história.</span></em></div><em></em><br />
<div style="text-align: justify;"><em><em><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Um grupo de estudantes reunidos em frente ao restaurante Calabouço no centro do Rio de Janeiro, preparava uma manifestação na qual reivindicariam melhorias na qualidade e no preço da alimentação que o restaurante lhes fornecia.</span></em></em></div><em><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"></span></em><br />
<div style="text-align: justify;"><em><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><em style="font-family: 'Times New Roman';"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">A polícia militar com toda a sua truculência e inabilidade tentou dispersar os estudantes que reagiram à investida dos policiais e se refugiaram no interior do restaurante. Momentos depois a tropa retorna ao local atirando nos estudantes e o comandante Aloísio Raposo dispara um tiro à queima-roupa no peito do estudante secundarista Edson Luis de Lima Souto que morre no local. </span></em></span></em></div><em><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjg3B4hoHJTMQn_9B0VfiFiLtxhTwy7WLCsbmh63ouZXOpp7SxlmscDbk6b3EWnyTAYsC5QdOCxw6waR4EHX5anoYjwzLHVxmhRtOA7MUA-SJPQkXEfvTy0Wma3QgQYyCBndiL9glZsbEA/s1600-h/Edson+Luis.jpg"><img alt="" border="0" height="306" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5183389183184255138" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjg3B4hoHJTMQn_9B0VfiFiLtxhTwy7WLCsbmh63ouZXOpp7SxlmscDbk6b3EWnyTAYsC5QdOCxw6waR4EHX5anoYjwzLHVxmhRtOA7MUA-SJPQkXEfvTy0Wma3QgQYyCBndiL9glZsbEA/s320/Edson+Luis.jpg" style="cursor: pointer; float: left; height: 225px; margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; margin-right: 10px; margin-top: 0px; text-align: justify; width: 247px;" width="297" /></a></span></em><br />
<div style="text-align: justify;"><em><br />
</em></div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><div style="text-align: justify;"><em>Os colegas de Edson Luis, temendo que a polícia militar tentasse sumir com o corpo do estudante, o levam em passeata para a Assembléia Legislativa. O assassinato do estudante provocou uma série de protestos em todo o Brasil como a famosa “Passeata dos cem mil”.</em></div><em><div style="text-align: justify;"><em>No dia 2 de Abril de 1968 em uma missa realizada na Igreja da Candelária em homenagem ao estudante assassinado, as pessoas que assistiam à missa foram atacadas pela cavalaria. Em outra missa realizada no mesmo dia, os padres temendo novo ataque dos militares (que novamente estavam alinhados do lado de fora da igreja), de mãos dadas fizeram um corredor até a Av. Rio Branco para que as pessoas que se encontravam na igreja saíssem em segurança. Nada adiantou, pois os militares as encurralaram nas ruas próximas à Candelária e em nova demonstração de intolerância e desumanidade fizeram dezenas de feridos. </em></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxzJlQG9O0WvQb-7A88nEDoD-mOxb2jo7HxBm4x8TqeUwaFp2VMn4FfcG-5vgJY6JKmEOBN9LITXSyjzH3TLVLWaS7SUmUtvMWZxQWsEkZQzY30EPhfKwo-33XmrKx2P0GCprqyDCSJek/s1600-h/Edson+Luis+2.jpg"><img alt="" border="0" height="224" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5183388650608310418" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxzJlQG9O0WvQb-7A88nEDoD-mOxb2jo7HxBm4x8TqeUwaFp2VMn4FfcG-5vgJY6JKmEOBN9LITXSyjzH3TLVLWaS7SUmUtvMWZxQWsEkZQzY30EPhfKwo-33XmrKx2P0GCprqyDCSJek/s320/Edson+Luis+2.jpg" style="cursor: pointer; float: left; height: 246px; margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; margin-right: 10px; margin-top: 0px; text-align: justify; width: 250px;" width="670" /></a><div style="text-align: justify;"><br />
</div></em><em><div style="text-align: justify;"><em>50 mil pessoas acompanharam o corpo de Edson Luis até o cemitério de São João Batista, onde foi enterrado.</em></div><div style="text-align: justify;"><em>Outro estudante, Benedito Frazão Dutra, também foi atingido a bala no ataque ao Restaurante Calabouço sendo levado para o hospital onde faleceu</em><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">.</span></div></em></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Corpo do estudante Edson Luis na Assembléia</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Legislativa.</span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></div><br />
<div style="text-align: justify;"><em><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Valdelir Ferreira Couto</span></em></div><em></em><br />
<div style="text-align: justify;"><em><br />
</em></div>VALDO COUTOhttp://www.blogger.com/profile/17870169234935147423noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5443569826834917155.post-88378196361717487102008-02-10T01:55:00.000-08:002008-07-23T16:20:15.912-07:00Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos - Versão poética<em><strong>FOI NUM 20 DE SETEMBRO</strong></em><br /><br /><span style="font-size:85%;"><em>FOI NUM VINTE DE SETEMBRO</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>QUE O FIO DA ESPADA BRILHOU</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>E A MEMÓRIA REGISTROU</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>A CORAGEM E A BRAVURA</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>DO RIO GRANDE DESTEMIDO</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>DE PONCHO E LAÇO NOS TENTOS</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>O GAÚCHO QUE ESCREVEU A HISTÓRIA</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>QUE ESTÁ GRAVADO NA MEMÓRIA</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>AO LONGO DOS TEMPOS.</em></span><br /><br />Vainner de Ávilla/Capão da Canoa-RS<br />Poeta<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCOMFBn_dw2b8NMcq1x3UURm4spxw7ZNvF6AkAFY7lWapMEbZ7Fyn6CqzwSGuQosP2KzY9VAABU6x52lcPQNgiyxLgrxMx_T6aC0Pufl-gysyAA6loDOSxDpMvPMJkgE6YpIF-xcEWDSU/s1600-h/ATgAAADup2Sm81ygeRcxFKPJ6en-tCktcQFPpXW_U-S_GTyBtSrGAsOdWEB1RBzg7TR0v-CeH9sItQlMeBikkZDZUTlhAJtU9VBu00eg1xmwi35AXJG9GTBl97N46A.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5173719120216974786" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 218px; CURSOR: hand; HEIGHT: 234px" height="240" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCOMFBn_dw2b8NMcq1x3UURm4spxw7ZNvF6AkAFY7lWapMEbZ7Fyn6CqzwSGuQosP2KzY9VAABU6x52lcPQNgiyxLgrxMx_T6aC0Pufl-gysyAA6loDOSxDpMvPMJkgE6YpIF-xcEWDSU/s320/ATgAAADup2Sm81ygeRcxFKPJ6en-tCktcQFPpXW_U-S_GTyBtSrGAsOdWEB1RBzg7TR0v-CeH9sItQlMeBikkZDZUTlhAJtU9VBu00eg1xmwi35AXJG9GTBl97N46A.jpg" width="272" border="0" /></a><br /><span style="font-size:85%;"><em></em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>FOI NUM VINTE DE SETEMBRO</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>SOB O ECO DOS CANHÕES</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>NOSSOS SONHOS AOS MILHÕES</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>SE DESFRALDARAM NAS COXILHAS</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>EM DEFESA DESTE PAGO</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>TINGIU-SE DE SANGUE O ORVALHO</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>CONTRA O PODER CENTRAL</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>DEFENDENDO TAL IDEAL</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>E O FRUTO DE NOSSO TRABALHO.</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em></em></span><br /><br /><br /><br /><em><span style="font-size:85%;"></span></em><em><span style="font-size:85%;">FOI NUM VINTE DE SETEMBRO</span></em><br /><span style="font-size:85%;"><em>QUE O RIO GRANDE CRESCEU</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>O IMPÉRIO SE APERCEBEU</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>DA GRANDEZA DESTA TERRA</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>OS NOSSOS GAÚCHOS GUAPOS</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>QUERIAM APENAS LEALDADE</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>RESPEITO À NOSSA VONTADE</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>E O SANGUE HERÓI DOS FARRAPOS.<br /><br />FOI NUM VINTE DE SETEMBRO</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>QUE A RAZÃO FALOU MAIS ALTO</em></span> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCOMFBn_dw2b8NMcq1x3UURm4spxw7ZNvF6AkAFY7lWapMEbZ7Fyn6CqzwSGuQosP2KzY9VAABU6x52lcPQNgiyxLgrxMx_T6aC0Pufl-gysyAA6loDOSxDpMvPMJkgE6YpIF-xcEWDSU/s1600-h/ATgAAADup2Sm81ygeRcxFKPJ6en-tCktcQFPpXW_U-S_GTyBtSrGAsOdWEB1RBzg7TR0v-CeH9sItQlMeBikkZDZUTlhAJtU9VBu00eg1xmwi35AXJG9GTBl97N46A.jpg"></a><br /><span style="font-size:85%;"><em>O RIO GRANDE TOMOU DE ASSALTO</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>PELO HERÓI BENTO GONÇALVES</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>QUE CALÇOU O PÉ POR AQUI</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>E O COMBATE ESTOUROU</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>NUM PISCAR D'ÓLHOS FUNDOU</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>A CAPITAL PIRATINÍ.</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em></em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>FOI NUM VINTE DE SETEMBRO</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>QUE CANCEMOS DE DESFALQUE</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>A TAXAÇÃO DO NOSSO CHARQUE</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>O COURO E A ERVA-MATE</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>QUE OS GAÚCHOS SE LEVANTARAM</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>NA CORAGEM E NO REPENTE</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>PELA HONRA DE NOSSA GENTE</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>O SANGUE DAS VEIAS DERRAMARAM.</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em></em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>AS COISAS NÃO MUDARAM MUITO</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>AQUI PRO NOSSO ESTADO</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>AINDA HOJE SOMOS PREJUDICADOS</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>PELO EIXO RIO SÃO PAULO</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>E A POLÍTICA CAFÉ COM LEITE</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>DESDE CRIANÇA EU ME ALEMBRO</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>DO QUE A HISTÓRIA ME CONTOU</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>DO RIO GRANDE QUE NÃO SE CURVOU</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>FOI NUM VINTE DE SETEMBRO...</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em></em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>POR </em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>VAINER DE ÁVILA</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>GRUPO POETAR-CIA.DO PORTO</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>TEATRO E LITERATURA</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>CAPÃO DA CANOA - RS</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em></em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em></em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>A Revolução Farroupilhas, também conhecida como Guerra dos Farrapos, foi a mais longa guerra civil da história do Brasil, aconteceu na primeira metade do séc. XIX, durou de 1835 a 1845. Foi uma guerra travada entre imperialistas e republicanos. Os primeiros defendiam a continuação do Império e os outros a implantação da República.</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>Alguns personagens da Guerra dos Farrapos: Bento Gonçalves da Silva, Giuseppe Garibldi e David Canabarro. Vale à pena investir em uma leitura mais aprofundada deste grande momento da História do Brasil.</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em></em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>Sugestão bibliográfica:</em></span><br /><span style="font-size:85%;"><em>LEITMAN, Spencer - Raízes sócio-econômicas da Guerra dos Farrapos. 1979. Ed.Graal.</em></span><br /><br /><em>Valdelir Ferreira Couto</em><br /><br /><br /><br /><span style="font-size:85%;"><em></em></span>VALDO COUTOhttp://www.blogger.com/profile/17870169234935147423noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-5443569826834917155.post-86219631569126745832008-02-07T13:24:00.000-08:002011-11-13T13:41:06.664-08:00Morro da Conceição - Oásis suspenso<div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em>Em meio ao cáos do trânsito do centro do Rio de Janeioro, existe um verdadeiro oásis chamado Morro da Conceição. É um pedaço da história do Rio que infelizmente poucas pessoas conhecem. Quem passa pelo largo de São Francisco da Prainha, pertinho da Praça Mauá, vive uma maravilhosa oportunidade de fazer uma “viagem” no tempo. Os casarõres com suas fachadas históricas do séc.XIX, trazem à luz as lembranças de irmandades religiosas que tinham grande influência não só no que diz respeito aos assuntos da igreja, como também na sociedade. Outro ponto importante a ser observado, refere-se aos diversos estilos da arquitetura da época; portais típicos da arquitetura portuguesa e azulejos que, apesar de simples, tornaram-se verdadeiras relíquias pela extinção e pelo fato de terem sido pintados à mão. Ainda no Largo de São Francisco da Prainha, tem “A Roda dos Escravos da Mauá”. Naquele local, uma vez por mês, acontece uma roda de samba imperdível. Seguindo pelo beco à esquerda do largo, chegamos a outro largo; o Largo do João da Baiana, onde acontece outra roda de samba, o “Batuque na Pedra do Sal”. O largo do João da Baiana fica bem aos pés da pedra do sal. O conjunto formado pelo largo e a pedra, abriga muito da história dos negros, da sua religiosidade e da força da mão-de-obra escrava na formação dos alicerces da cidade do Rio de Janeiro. Hoje é mais tranqüila a subida pela Pedra do Sal, que em épocas mais remotas também era conhecida como “Pedra do Quebra-bunda”, devido ao fato de pessoas escorregarem por ela e se machucarem muitas das vezes na região corporal citada. Devido a esses acidentes, os escravos fizeram à mão os degraus existentes na pedra. No final dos degraus, existe um pequeno pedaço de rua que ainda conserva suas pedras </em></span><span style="font-family: arial;"><em>do estilo pé-de-moleque e que dá acesso ao Morro da Conceição.</em></span></div><br />
<div align="justify"></div><div align="justify"><strong><em></em></strong> </div><div align="justify"><strong><em>Placa indicativa da Pedra do Sal e escada feita </em></strong></div><div align="justify"><strong><em>à mão pelos escravos.</em></strong> </div><span style="font-family: arial;"><em></em></span><br />
<div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdHhsG-vvmMgnyMpBdaXqila1CD_t8DNNQSSMc7T5e-HXKS4YtbeKbUF4HwmIz0qzDIzYcDH1nIN1sCzGGAEwKvfMSSiPp8s9e6ieIk0V2x0zWiJx4Tw7G8-grCo2ZbslS0QS4A7-rLPY/s1600-h/PlacaPedraDoSal.jpg"><img alt="" border="0" height="240" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5174975559096772210" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdHhsG-vvmMgnyMpBdaXqila1CD_t8DNNQSSMc7T5e-HXKS4YtbeKbUF4HwmIz0qzDIzYcDH1nIN1sCzGGAEwKvfMSSiPp8s9e6ieIk0V2x0zWiJx4Tw7G8-grCo2ZbslS0QS4A7-rLPY/s320/PlacaPedraDoSal.jpg" style="cursor: hand; float: left; height: 207px; margin: 0px 10px 10px 0px; width: 310px;" width="269" /></a> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqq-N2JLXdcHs58sR9g1nqlMZgd1Y6DSB-dvxH1de20PbWfY7EwD_Rk0aLaA5bOjYn6TK3Gw_P0hbGnGTwUMo2pyzO8rRnM7X1VqAH7lHU7iHq6G3IKTpKT3rl2Q7tAp0t2AvEaJtCSQk/s1600-h/PedraDoSal_02.jpg"><img alt="" border="0" height="240" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5174977023680620162" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqq-N2JLXdcHs58sR9g1nqlMZgd1Y6DSB-dvxH1de20PbWfY7EwD_Rk0aLaA5bOjYn6TK3Gw_P0hbGnGTwUMo2pyzO8rRnM7X1VqAH7lHU7iHq6G3IKTpKT3rl2Q7tAp0t2AvEaJtCSQk/s320/PedraDoSal_02.jpg" style="cursor: hand; float: left; height: 207px; margin: 0px 10px 10px 0px; width: 314px;" width="216" /></a><br />
<br />
</em></span><span style="font-family: arial;"><em></em></span><span style="font-family: arial;"><em></em></span><br />
<span style="font-family: arial;"><em></em></span><br />
<br />
<span style="font-family: arial;"><em></em></span><br />
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<span style="font-family: arial;"><em></em></span><br />
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<br />
<span style="font-family: arial;"><em></em></span><br />
<br />
<span style="font-family: arial;"><em></em></span><br />
<span style="font-family: arial;"><em>O Morro da Conceição é um "Oásis elevado" encravado no meio da </em></span><br />
<span style="font-family: arial;"><em>agitação da cidade do Rio de Janeiro, tamanha é a tranqüilidade reinante no local.<br />
O Morro da Conceição, juntamente com outros morros como o Morro do Castelo, o Morro de Santo Antônio e o Morro de São Bento justificam-se como as regiões nas quais iniciou-se a ocupação urbana do Rio de Janeiro na época colonial, pelo fato de serem áreas elevadas e, portanto, oferecerem maiores possibilidades de proteção contra os corsários e os estrangeiros. Prova disso, foi a conclusão da Fortaleza da Conceição em 1718. Da fortaleza pode-se avistar grande parte da cidade e da Baia de Guanabara. Se hoje isso ainda é possível, imaginem quando ainda não existia a “selva de pedra”, e o mar, contra sua vontade, ainda não havia se afastado do pé do morro. Já que falamos desse afastamento, é importante que saibamos que grande parte da cidade do Rio de Janeiro formou-se sobre aterros imensos feitos com a terra de morros como o do Castelo, por exemplo.<br />
Do mirante no trajeto que dá acesso ao outro lado do morro é possível avistar a ponte Rio-Niterói quase que em toda a sua estensão. No caminho para a Fortaleza da Conceição, pode-se observar um outro casarão que ainda conserva uma fachada com azulejos pintados à mão e telhas esmaltadas, também do século XIX.<br />
</em></span></div><div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em></em></span></div><div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em></em></span></div><div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em></em></span></div><div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em></em></span></div><div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em></em></span></div><div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em></em></span></div><div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em></em></span></div><div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em></em></span></div><div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em></em></span></div><div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em></em></span></div><div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em></em></span></div><div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em></em></span></div><div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em></em></span></div><div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em></em></span></div><div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMVS0QFJZG-YoPgTL7qDFesxfsiu9YVW-doJ91_G90n9iztOqych-_1VjOhwD3zxBuZY8whpoIpInNUNQNIhB3fpgeE3XsR0-YWzWdsreHdkP90JDh4AwBrvghsExlU_Lp9vN-aY2mOCw/s1600-h/mail.jpg"><img alt="" border="0" height="153" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5177413897930057490" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMVS0QFJZG-YoPgTL7qDFesxfsiu9YVW-doJ91_G90n9iztOqych-_1VjOhwD3zxBuZY8whpoIpInNUNQNIhB3fpgeE3XsR0-YWzWdsreHdkP90JDh4AwBrvghsExlU_Lp9vN-aY2mOCw/s320/mail.jpg" style="cursor: hand; float: left; height: 217px; margin: 0px 10px 10px 0px; width: 419px;" width="298" /></a></em></span></div><div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em></em></span></div><div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em></em></span></div><div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em></em></span></div><div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em></em></span></div><div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em></em></span></div><div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em></em></span></div><div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em></em></span></div><div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em></em></span></div><div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em></em></span></div><div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em></em></span></div><div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em></em></span></div><div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em></em></span></div><div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em></em></span></div><div align="justify"><strong><em><span style="font-family: arial;"><br />
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<strong><em><span style="font-family: arial;">Casarão com telhas esmaltadas e </span><span style="font-family: arial;">azulejos pintados á mão-séc.XIX</span></em></strong></div><div align="justify"><span style="font-family: arial;"><strong><em>Foto:Valdelir Ferreira Couto</em></strong></span></div><div align="justify"><em><span style="font-family: Arial;"></span></em></div><div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em></em></span></div><div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em></em></span></div><div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em></em></span></div><div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em></em></span></div><div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em></em></span></div><div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em></em></span></div><div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em></em></span></div><div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em>Logo após a Fortaleza, ponto de defesa da cidade com seus canhões apontados para a Baia de Guanabara, que apesar da imponência nunca dispararam um só tiro, passa-se pelo antigo Palácio Episcopal, onde hoje funciona o Serviço Geográfico do Exército, e pelo Observatório do Varlongo.<br />
Na descida pelo outro lado do morro, um pouco mais à frente do antigo Palácio Episcopal, vale à pena parar para observar o outro lado da cidade, com vista ampla para os prédios da Av. Presidente Vargas, o Morro da Providência, onde formou-se a primeira favela do Rio de Janeiro</em></span></div><div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em>com a chegada naquele local dos soldados da famigerada Guerra de Canudos que acreditaram na promessa do governo de dar-lhes casas caso saíssem vencedores da contenda que culminou no encerramento triste e criminoso de sonhos de milhares de nordestinos, brasileiros acima de tudo. Como continua acontecendo ainda hoje, o governo não cumpriu sua promessa, e os soldados, utilizando as madeiras que sobraram do “bota-abaixo” (movimento ocorrido na época da famosa Reforma Pereira Passos), construíram seus barracos. Surgia assim a primeira favela do Rio de Janeiro no Morro da Providência. Mudando o raio de visão um pouco à esquerda do morro da Providência, é possível avistar todo o entorno da Estação Ferroviária Central do Brasil. Impressionante como o olhar à distância emudece as ruas. A agitada e barulhenta região da Central vista do alto, mais parece uma maquete sonolenta. </em></span><br />
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<strong><em>Central do Brasil (ao fundo)-Vista do morro da Conceição</em></strong></div><div align="justify"><strong><em>Foto: Valdelir Ferreira Couto</em></strong></div><br />
<div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEib7ID5EMB8Dxlz_NPXFNn4xn9XpgouYdbfZNumyJM3_IA6OrFxJCWip8212-ytWVqsw1ZdbSUHwiTlT91xhuvmmhoR2sb3LhvlmnJ0c5JVjPihqEfgEwTVqAAfVRs9oXXIZjoC6xbKgAo/s1600-h/%C3%81rea+da+Central+do+Brasil.jpg"><img alt="" border="0" height="248" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5177197938384479938" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEib7ID5EMB8Dxlz_NPXFNn4xn9XpgouYdbfZNumyJM3_IA6OrFxJCWip8212-ytWVqsw1ZdbSUHwiTlT91xhuvmmhoR2sb3LhvlmnJ0c5JVjPihqEfgEwTVqAAfVRs9oXXIZjoC6xbKgAo/s320/%C3%81rea+da+Central+do+Brasil.jpg" style="cursor: hand; float: left; height: 377px; margin: 0px 10px 10px 0px; width: 385px;" width="320" /></a></em></span></div><br />
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<span style="font-family: arial; text-align: justify;"><em>Continuando a descida, há pouco tempo atrás, podia-se deparar com a agonia de um velho casarão que, com boa parte de sua arquitetura desabada, mantinha expostas suas vísceras e, desta forma permitia entender-se como era o “esqueleto” das construções na época de sua juventude: Uma formação de madeira e barro e, certamente, outros componentes que à distância </em></span><span style="font-family: arial; text-align: justify;"><em>não pode-se identificar. </em></span><span style="font-family: arial; text-align: justify;"><em>O impressionante é que apesar de não haver outra estrutura além da </em></span><span style="font-family: arial; text-align: justify;"><em>formada pela madeira e o barro, mantivera-se </em></span><span style="font-family: arial; text-align: justify;"><em>imponente com seus dois pavimentos até a chegada do peso da idade que a todos curva, que a todos destrói, somado ao abandono e ao descaso. O velho e mutilado senhor aguardava o triste momento de seus últimos suspiros, e junto com eles o desaparecimento de mais um </em></span><span style="font-family: arial; text-align: justify;"><em>pouquinho da nossa rica e tão desconhecida e abandonada história.</em></span><br />
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<div align="justify"><em><span style="font-family: Arial;"></span></em></div><div align="justify"><em><span style="font-family: Arial;"><strong>Casarão em ruínas</strong></span></em></div><div align="justify"><em><span style="font-family: Arial;"><strong>Foto: Valdelir Ferreira Couto</strong></span></em></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNvop6IkojZGqw6gkyBeklCM9QM2Y6SqCvPEejxoAMYCwavBDmLanchMMzaqiGEgguOsjGMowCFEi4NQEvva8uu_vBhlMZwSerxMEgPRrzi3yzATOfi_Sx3VNjBO2IFlvg0n4undf9hCU/s1600-h/Casar%C3%A3o+em+ru%C3%ADnas.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5177394961419249378" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNvop6IkojZGqw6gkyBeklCM9QM2Y6SqCvPEejxoAMYCwavBDmLanchMMzaqiGEgguOsjGMowCFEi4NQEvva8uu_vBhlMZwSerxMEgPRrzi3yzATOfi_Sx3VNjBO2IFlvg0n4undf9hCU/s320/Casar%C3%A3o+em+ru%C3%ADnas.jpg" style="cursor: hand; float: left; margin: 0px 10px 10px 0px;" /></a><br />
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<em style="font-family: arial; text-align: justify;">Morro da Conceição. Um local que merece fazer parte do roteiro de nossos alunos.</em><br />
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<div align="justify"><em><span style="font-family: Arial;"></span></em></div><div align="justify"><span style="font-family: arial;"><em>Valdelir Ferreira Couto<br />
</em></span></div>VALDO COUTOhttp://www.blogger.com/profile/17870169234935147423noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5443569826834917155.post-35243204756738758882008-02-06T16:41:00.000-08:002008-07-23T16:21:39.834-07:00Aula de História em forma de música<span style="font-family:arial;"><em><strong>500 GLÓRIAS E CONFLITOS</strong></em></span><br /><span style="font-family:arial;"><em>(<strong>khantydio</strong>)</em></span><br /><span style="font-family:arial;"><em></em></span><br /><span style="font-family:arial;"><em>Não faz tanto tempo assim</em></span><br /><span style="font-family:arial;"><em>Que a gente saiu da aldeia</em></span><br /><span style="font-family:arial;"><em>Com as bençãos de Deus, milagres</em></span><br /><span style="font-family:arial;"><em>Sustentaram a nação inteira</em></span><br /><span style="font-family:arial;"><em>Oficiosamente aprendí</em></span><br /><span style="font-family:arial;"><em>O que a história oficial negou pra mim</em></span><br /><span style="font-family:arial;"><em>Do negro, do índio e da sobra luzitana</em></span><br /><span style="font-family:arial;"><em>Plasmou-se a nossa história desumana</em></span><br /><br /><em><span style="font-family:Arial;">Khantydio/Duque de Caxias-RJ</span></em><br /><em><span style="font-family:Arial;">Músico, cantor e compositor.</span></em><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrLjB8t7wUcyh_xWsV06h_LV8NgigJm43kLtG3bgbqsOAjr27MeeoleUvV7EhKSMo0uZNGV7N_I919te3yNoHNh6h0BexrdCaIxccTTMR7zyAUTmp9IjMtdkwOHDj5CsqmPX7QLoizRCc/s1600-h/Fotos+do+Khantydio++4.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5173709203137488306" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 225px; CURSOR: hand; HEIGHT: 262px" height="248" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrLjB8t7wUcyh_xWsV06h_LV8NgigJm43kLtG3bgbqsOAjr27MeeoleUvV7EhKSMo0uZNGV7N_I919te3yNoHNh6h0BexrdCaIxccTTMR7zyAUTmp9IjMtdkwOHDj5CsqmPX7QLoizRCc/s320/Fotos+do+Khantydio++4.jpg" width="225" border="0" /></a><br /><span style="font-family:arial;"><em>Três corpos acorrentados num só precipício</em></span><br /><span style="font-family:arial;"><em>Domados e acostumados no medo e no vício</em></span><br /><span style="font-family:arial;"><em>Nem mesmo o dia do perdão poderá resgatar</em></span><br /><span style="font-family:arial;"><em>O holocáusto de Zumbí e dos Tupinambá</em></span><br /><span style="font-family:arial;"><em>500 anos fez essa tragédia portuguesa</em></span><br /><span style="font-family:arial;"><em>Que deu nesse país da incerteza</em></span><br /><span style="font-family:arial;"><em></em></span><br /><span style="font-family:arial;"><em>E quem escalar</em></span> <em>!!!...</em><br /><span style="font-family:arial;"><em></em></span><br /><span style="font-family:arial;"><em>Quem escalar os muros dessa louca história</em></span><br /><span style="font-family:arial;"><em>Descobrirá 500 glória e conflitos</em></span><br /><span style="font-family:arial;"><em>Vamos subir as cordilheiras e orar ao pai bendito</em></span><br /><span style="font-family:arial;"><em>Não se pode cortar as asas da grande nação </em></span><br /><span style="font-family:arial;"><em>Que vive pela fé do coração</em></span><br /><span style="font-family:arial;"><em>Que sob a luz divina</em></span><br /><span style="font-family:arial;"><em>Torna-se um povo viril</em></span><br /><span style="font-family:arial;"><em>Que vai à luta e ama...</em></span><br /><span style="font-family:arial;"><em>É O BRASIL.</em></span><br /><br /><em>Valdelir Ferreira Couto<br /><span style="font-family:arial;"></span></em><br /><br /><br /><br /><br /><br /><span style="font-family:arial;"><em></em></span>VALDO COUTOhttp://www.blogger.com/profile/17870169234935147423noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5443569826834917155.post-76776590180503313622008-02-05T14:05:00.000-08:002008-04-28T16:36:34.721-07:00180 ANOS DA INDUSTRIA BRASILEIRA<div align="justify"><strong><em>Linha de montagem da Ford-1920</em></strong><br /><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5175734638731765426" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 428px; CURSOR: hand; HEIGHT: 202px" height="203" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXifZ8cs1fYN-0UR-89-57OK8zQl-jVW-Wfr5KwrCIW-UMqTVurmStXut0yRVIiyjZZKqsGVJb0TX-KPqJ6_jEW4z9EH93pU5-LIMreB8YZmKQg25PQA3ohy3CAC973KrLDzRmxWm_fN0/s320/Linha+de+montagem+da+Ford-1920.jpg" width="232" border="0" /></div><div align="justify"><em></em></div><div align="justify"><em></em></div><div align="justify"><em></em></div><div align="justify"><em></em></div><div align="justify"><em></em></div><div align="justify"><em></em></div><div align="justify"><em></em></div><div align="justify"><em></em></div><div align="justify"><em></em></div><div align="justify"><em></em></div><div align="justify"><em></em></div><div align="justify"><em></em></div><div align="justify"><em>Em recente visita realizada à Casa França Brasil, tivemos a oportunidade de observar os diversos pontos do processo de industrialização ocorrido no Brasil.<br />Segundo os organizadores, “A montagem da exposição promovida pelo Sistema Firjan e a Confederação Nacional da Indústria-CNI, nas comemorações dos 180 anos de fundação da representação industrial no Brasil, pautando-se pela escolha de objetos e tecnologias que servissem de referência aos vários períodos aí incluídos, oferece elementos para se compreender como as novas tecnologias, presentes em coisas simples, interferem no comportamento e no cotidiano das pessoas. Nesse sentido, aponta como 470 anos depois de Martim Afonso de Souza ter construído o primeiro engenho de açúcar na Vila de São Vicente, governo, cientistas e técnicos, partindo da mesma matéria prima, a cana-de-açúcar, lançam programa para transformar um dos subprodutos da garapa, o etanol ou álcool etílico, em combustível, considerado no início do século XXI um dos projetos mais arrojados para substituir o petróleo”. </em><br /></div><em><div align="justify"><br />Vários stands foram montados de forma a permitir aos visitantes uma viagem através do tempo, passando pelos barões do café e da cana-de-açúcar, pelos maravilhosos avanços promovidos pelo espírito empreendedor do Barão de Mauá, e pelas narrativas dos operários das fábricas da época. Caso fosse possível, daríamos umas voltas na Romi-Isetta e no maravilhoso Fusca, sucessos automobilísticos do passado e no veloz avião CAP4, a “Paulistinha”. Nos foi possível ter uma idéia, mesmo que superficial, de como é composto um dos reatores da Usina Nuclear de Angra II e nos surpreendemos diante da precisão oferecida pela robótica, observando os movimentos do braço robotizado de linha de montagem automobilística, o “Robô Comau Smart NH3 Press Booster”.<br />Ainda de acordo com os realizadores da exposição, “A mostra destaca a importância das iniciativas governamentais no sentido de investir e capacitar o país com infra-estrutura, como fizeram Pedro II, Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e outros governantes; da mesma forma, cita empresários que, acreditando no país e nos brasileiros, se preocuparam em concorrer para melhorar a posição do país no ranking dos paises em desenvolvimento . A chegada de D. João e da família real portuguesa no Brasil foi um marco, posto que criou as condições para o país ganhar autonomias e se tornar independente, como ocorreu, por iniciativa de seu filho, logo após o retorno de D. João para Portugal. Cinco anos após ter tornado o Brasil independente de Portugal, Pedro I criou a Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional-SAIN, dando início ao processo de industrialização e modernização das instituições que esta exposição comemora 180 anos depois.<br />Se, nos primórdios da independência, o Brasil iniciou sua trajetória de industrialização com a SAIN, hoje assistimos ao esforço de milhares de empresários em dar continuidade a esse movimento, associados ao Sistema Firjan e à CNI, e em ritmo acelerado, em face das novas tecnologias que o novo tempo oferece”.<br /><br />Bem, não se pode negar que tudo o que foi narrado acima, é o espelho de uma realidade que se plasmou nos fatos históricos destacados, promovidos pelas intervenções de nossos governantes do passado. O que se faz necessário, é, por questão de justiça e coerência com a história, conta-la da forma exata como aconteceu. Falar de industrialização de forma superficial deixando de trazer à luz os movimentos ocorridos em regiões como, por exemplo, a Baixada Fluminense, é no meu entender privar o público e, principalmente, a grande quantidade de estudantes que visitaram a exposição de informações fundamentais para um amplo entendimento de tão importante página da nossa rica história.<br />No processo de industrialização do Brasil, a indústria têxtil teve papel importantíssimo. Na exposição, houve uma breve citação da Fábrica de Tecidos Bangu, ficando de fora as fábricas instaladas em regiões como Paracambí e Duque de Caxias, por exemplo. Todas as apresentações foram, de forma brilhante, feitas por atores que fizeram explanações sobre os setores da mostra. Ao falar dos feitos do Barão de Mauá, ficou de fora o fato de a primeira estrada de ferro do Brasil ter sido construída em terras da Baixada Fluminense. Nenhuma citação foi feita sobre a histórica fábrica de pólvora de Estrela, inicialmente montada na Lagoa Rodrigo de Freitas, Zona Sul do Rio de Janeiro e posteriormente, para não agredir o sossego e a segurança da nobreza que se instalava na região, transferida para Raiz da Serra, também na Baixada Fluminense. Ainda na Baixada Fluminense, a expansão da malha ferroviária, dando outros rumos para a região e, em conseqüência para o Rio de Janeiro, ao meu ver merecia também destaque na exposição.<br /><br />No cômputo geral, ficou a imagem de um evento realizado para um público estudantil ainda não conhecedor (por omissão do nosso sistema de ensino) de nossa história de uma forma mais ampla, mais completa. Eis aí um desafio a nos instigar como educadores: Despertar nos olhos de nossos alunos o brilho do qual fomos privados. </em></div><div align="justify"><br /></div><div align="justify"><em></em></div><div align="justify"><br /></div><div align="justify"><em></em></div><div align="justify"><br /></div><div align="justify"><em>Valdelir Ferreira Couto</em></div>VALDO COUTOhttp://www.blogger.com/profile/17870169234935147423noreply@blogger.com3